tag:blogger.com,1999:blog-80460344541841312382024-03-05T16:54:14.068-03:00Ateísmo, niilismo, auto-suficiênciaEste espaço é dedicado a todas as pessoas que buscam uma forma de olhar para o mundo sem máscaras, sem disfarces e sem mentiras.Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.comBlogger315125tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-64343051058173846272022-02-20T12:36:00.001-03:002022-02-20T12:36:57.666-03:00sentimentos intensosEu sinto muito<div>Sinto intensamente </div><div>Sinto como se o coração estivesse sufocado em um deserto de areia </div><div><br></div><div>Aquela música, aquele dia cinza, a solidão da cidade despertam em mim </div><div>Uma necessidade enorme de sofrer</div><div>De alma, de corpo, de mente e de coração. </div><div><br></div><div>A imensidão do mar de prédios de São Paulo não me conforta</div><div>Tantas pessoas solitárias em seus apartamentos </div><div>E eu também solitária, como se jamais um dia pudesse preencher os vazios de uma vida sem amigos, sem amores, sem aquela empolgação que a gente sente quando estamos compartilhando momentos felizes com pessoas significativas. </div><div><br></div><div>E assim sigo entre uma decepção e outra, o coração já velho, mas ainda pulsando forte, trazendo expectativas de coisas que nunca mais poderei viver.</div><div><br></div><div>Ah vida, por que não me deixar ir</div><div>Por que não te apagas?</div><div>Aqui jaz um corpo à espera do descanso eterno</div><div>Um corpo cansado, um coração hipertrófico que batei muito mais do que poderia ter batido.</div><div><br></div>Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-52424920442772311462021-01-18T11:23:00.001-03:002021-01-18T11:23:33.850-03:00Sociedade do espetáculo Eis que de volta estou, ao meu recôndito portal das trevas! São aproximadamente 8 anos sem publicar aqui... <div><br></div><div>Muitas mudanças, uma coleção ainda maior de desafetos. Uma descrença imensa ao olhar para a humanidade e para onde estamos caminhando.</div><div><br></div><div>Oito anos atrás eu não imaginava que seríamos todos reduzidos a likes em fotos. Não imaginava, mas também não me surpreendo. Seres humanos escrotos vivendo uma vida falsa de aparências nunca me surpreendeu, na verdade a feira das vaidades agora é exposta para todos em tempo real via internet... que espetáculo!</div><div> </div><div>Quem assistiu Black Mirror e viu o retrato da contemporaneidade? chegamos ao auge da sociedade do espetáculo e sabe-se bem que sempre há maneiras de piorar Inda mais as coisas. O que será disso tudo em 2030? </div>Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-74719483105140490882012-11-19T13:02:00.001-02:002012-11-19T13:02:04.091-02:00Eu...<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiYe3_1ewrhb3H1c7G18Nr1R9Z3biuOgMO0I4dcQGXb_xUFvrwRKTzJLpznFadmEC0iTKPa8REVWl0bnPdYVCX3ZQpQqk-Gk6LDNfWoJLASslUcc6Oh8LbiCtToxDokqspoDMIZQOG5nw/s1600/saddoll2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiYe3_1ewrhb3H1c7G18Nr1R9Z3biuOgMO0I4dcQGXb_xUFvrwRKTzJLpznFadmEC0iTKPa8REVWl0bnPdYVCX3ZQpQqk-Gk6LDNfWoJLASslUcc6Oh8LbiCtToxDokqspoDMIZQOG5nw/s1600/saddoll2.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O tempo e o espaço colidiram e por alguma razão biológica, química e
metafísica. Fui concebida e nasci. Um projeto do qual a natureza não se
orgulha, pois alguma falha nos mecanismos cerebrais fez com que tal
pessoa nascida e bem criada perdesse totalmente algumas características
básicas necessárias ao convívio com seus semelhantes. Desprovida da
ilusão, que é toda a mágica da existência, torno-me, assim, uma niilista
não menos desgraçada que muitos dos grandes filósofos e poetas malditos
que parecem compactuar os mesmos sentimentos de horror à vida, os que
trago em minha "alma" desde que me conheço por gente.<br /> <br />
Pergunto-me: por que uma águia velha abriria suas asas? Por que insistir
em ser algo sabendo-se que nunca há de ser nada e nem de querer nada?
Apenas arrastando a grande pedra, vai como um Sísifo pela vida.<br /> <br />
E se um dia perguntarem-me qual foi meu maior talento, direi com todo o
coração que foi não me fazer entender por criatura alguma que habita
esse planeta. Se perguntarem qual foi minha maior paixão, direi que foi a
de nunca ter me apaixonado. Se me perguntarem qual foi minha grande
realização, direi que esta ainda está por vir, e será num dia qualquer,
tudo se transformará em um grande e total nada.</div>
Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-33411083610017148212012-11-13T01:49:00.000-02:002012-11-13T01:49:52.183-02:00pequenas mortes<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiihLtUhOTrQIhLEu1Yo3rd8-WmD-2bJ1srbtdigtnR041cvuR_s1OHG2rs5eyTUUrwWodmhk07ozkC5BGPbDZthnNNNMEjmswNSlErxnmAVWcejYnF5lIa1Gl5kXD0XA_HHKHSWVOvPSA/s1600/dead2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiihLtUhOTrQIhLEu1Yo3rd8-WmD-2bJ1srbtdigtnR041cvuR_s1OHG2rs5eyTUUrwWodmhk07ozkC5BGPbDZthnNNNMEjmswNSlErxnmAVWcejYnF5lIa1Gl5kXD0XA_HHKHSWVOvPSA/s320/dead2.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: #f4cccc;">Aos poucos fui percebendo que, enquanto vivia, ia lentamente padecendo até a pequena morte chegar. Minha primeira morte foi um abandono cruel, aos cinco anos de idade talvez. Foi neste dia que senti o peso da mão nefasta, mas apenas com o tempo eu me senti um cadáver em descomposição chegando ao absoluto nada. Eu morri para ele. Depois morri para meus colegas e professores primários, eles não lembram mais de mim, talvez em alguma ocasião ou outra, assim como lembramos de nossos parentes mortos literalmente, assim, ao acaso.</span></span></div>
<span style="background-color: black;"><span style="color: #f4cccc;"><br /></span></span>
<span style="background-color: black;"><span style="color: #f4cccc;">Depois morri para os colegas da faculdade. Alguns, muito poucos, ainda levaram flores ao meu túmulo, talvez por alguns meses, até que eu caí em completo esquecimento. Eterno esquecimento. Logo morri para as escolas onde trabalhei, uma a uma, morri sem deixar nenhuma saudade. Depois morri na Universidade onde trabalhei, e morri triste, muito triste de ter passado assim por tantas mortes sem ao menos pertencer a uma única família que fosse por mais de 5 ou 6 anos.</span></span><br />
<span style="background-color: black;"><span style="color: #f4cccc;"><br /></span></span>
<span style="background-color: black;"><span style="color: #f4cccc;">Morri para amigos que já não me procuravam mais, pois minha decadência financeira e psicológica eram pesadas demais para serem carregadas. Eles simplesmente abandonaram o corpo ali, jogado, sem mesmo fazer uma pequena prece. Tornei-me enfim peso morto até para mim mesma. Um corpo que agora almeja ser enterrado com um mínimo de dignidade. Pelo menos um caixão e alguns cravos é o que peço. </span></span><br />
<span style="background-color: black;"><span style="color: #f4cccc;"><br /></span></span>
<span style="background-color: black;"><span style="color: #f4cccc;">Cair no esquecimento nosso de cada dia, são essas pequenas mortes, talvez que nos preparam para a grande e verdadeira morte. Morri para a sociedade toda, mas meu espírito ainda vive trancafiado nesse corpo e enquanto ele não parte, estarei aqui a refletir sobre todas as mortes que vivi!</span></span>Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-8752146085598565452012-10-03T17:51:00.001-03:002012-10-03T17:51:10.630-03:00<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Narcisismo, palavra derivada do personagem mitológico que se afoga ao admirar sua própria imagem. Símbolo do extremo egoísmo; tipo psicológico definido por ninguém menos que Sigmund Freud. Eis que o sistema capitalista nos moldes em que o conhecemos hoje, em 2012, aproveita-se dessa característica humana para cada vez mais gerar lucro impensado. Lucro oriundo de trabalho escravo, de degeneração e degradação da natureza e do planeta. Nos moldes em que vivemos, temos a falsa impressão de sermos livres, pois podemos escolher entre marcas de produtos diferentes, podemos escolher financiar um carro, podemos escolher estudar uma língua estrangeira, trabalhamos e ainda por cima recebemos! Fim da escravidão! Liberdade plena. Quem vive sob esses preceitos é feliz. Não questionar o verdadeiro sentido da liberdade é uma grande vantagem, pois dessa forma, evita-se sofrer por algo que jamais um indivíduo ou alguns poucos indivíduos, e até diria muitos indivíduos conseguiriam derrubar.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Propus-me a falar de forma rápida sobre o narcisismo, e não sobre a liberdade, embora ambos os temas sejam ligados de forma incontestável. Nos tempos atuais, todos querem impor a sua identidade, suas ideias (se é que existem ideias inéditas, mas existem algumas vertentes de pensamentos a serem escolhidos), impor sua presença, seu estilo próprio e único, sua grandeza, e, em alguns casos extremos, as pessoas almejam brilhar como grandes celebridades, como estrelas da música ou do cinema, e para isso, não economizam preceitos morais ou ética alguma. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Todos nós nos olhamos no espelho e, em algum instante da vida, pensamos que somos únicos, e realmente somos. No entanto, o que vale essa unidade no meio do mar de muitos? Que ninguém é insubstituível, isso já é ditado mais antigo dos tempos de minha avó. Entretanto, vivemos nesse eterno conflito entre o nosso EU narcísico e as ondas do mar que nos engolem. Ser egocêntrico, particularista, hedonista entre outros adjetivos, o comportamento narcísico faz com que se negligencie tanto o passado e o futuro. O que rege a vida dessas pessoas é o princípio do prazer, e além desse princípio, algo muito mais forte que beira a megalomania: não há barreiras para que se possa impedir a busca do "sucesso" desse indivíduo, nem mesmo a morte, mesmo que simbólica, do outro.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">O narcísico precisa de idólatras, e muitos servem a esse propósito, essas pessoas são aquelas vazias de sentido que veem no narciso um símbolo de algo maior. Algo que possa, de certa forma, preencher suas vidas monótonas.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">O narcisista está sempre envolvido em eventos sociais "causando" todo tipo de impressão. Ele não se importa se o que ele "causa" é bom ou ruim, o importante é que ele se sinta o centro das atenções. Ele inventa mil e um feitos, exagera suas pretensas qualidades, denigre a imagem daqueles a quem possa ameaçá-lo. Enfim, o presente texto tomaria proporções muito maiores se eu fosse descrever todas as facetas do narciso, se fosse buscar as origem de tal comportamento e se propusesse alguma forma para lidar com tais personalidades. Esse tema será explorado mais afrente em um artigo que pretendo escrever.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Abraços Fraternos</span></span></div>
Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-22712534436933101022012-10-03T15:13:00.000-03:002012-10-03T15:13:22.715-03:00Tempos de perda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkMnZHdH8dQVaC0tvmzvcV5XyrGrNiomI-RdoNQfgadSw8ejivPh-5hfVPdbmpdE4MDqUfoebWXWU-nkvDye8tHHDzPk1VAjzTVVaPKUZP_F-dvEFNf5UuX-Fag9fdkYqXIq7hpBX5xE4/s1600/157.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkMnZHdH8dQVaC0tvmzvcV5XyrGrNiomI-RdoNQfgadSw8ejivPh-5hfVPdbmpdE4MDqUfoebWXWU-nkvDye8tHHDzPk1VAjzTVVaPKUZP_F-dvEFNf5UuX-Fag9fdkYqXIq7hpBX5xE4/s1600/157.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">A vida nada mais é do que uma fase que sucede a outra. Nós temos, desde crianças, a saber lidar com as perdas e aceitar o novo. Primeiro perdemos o aconchego e proteção do útero materno. Depois perdemos o seio que nos alimenta. perdemos as brincadeiras infantis, os professores da escola. Aí perdemos pessoas da nossa família que morrem, pessoas conhecidas que morrem, vizinhos que morrem. Perdemos os amigos que compartilharam nossa adolescência e por fim perdemos a inocência que não nos deixava ver esse mundo de perdas. Começamos, então a sentir. Perdemos nossas avós, perdemos nossas paixões e perdemos aquele amigo que pensamos ser a pessoa com quem teríamos vínculo até o fim de nossas vidas. A amarelinha na rua se torna um curso profissionalizante. O curso se torna um trabalho massante. Logo nos olhamos no espelho e vemos um rosto de vinte e poucos anos, ainda vívido, apesar de algumas perdas. É quando tentamos ganhar, e ao tentar ganhar, começamos a ver mais de perto as perdas. Aos trinta e poucos sentimos saudades das brincadeiras de rua, dos professores, da bagunça na sala. Aos quarenta nos vemos sem amigos, ou quase sem amigos. ninguém mais tem tempo para nada.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Aos quarenta olhamos com tristeza nossas outras idades, com remorso e saudade. Mas o pior acontece quando perdemos as esperanças. Não sei qual é a idade certa. Alguns perdem aos vinte, outros aos trinta, alguns aos quarenta, outros aos cinquenta, alguns nunca a perdem e vivem o futuro de uma ilusão. Perder a vontade, perder a esperança, perder a inocência são processos dolorosos, muito mais fácil seria perder tudo e como crianças, pegar outra coisa para levarmos à boca com avidez. Mas lá na perda da inocência é que o processo de desilusão se reforça, é lá que ele ganha sua monstruosidade inexorável. E perder a esperança é um tiro no peito. Mas perder a vontade é um tiro fatal.</span></span></div>
Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-87890429515420979892012-10-02T19:53:00.001-03:002012-10-02T19:53:17.692-03:00Doentes<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Somos os homens ocos, já dizia T.S. Eliot. Mas ocos não por não carregar nada no elmo, somos ocos porque, mesmo com todas as nossas experiências, com nossos trabalhos, nossas religiões, nossas crenças entre outras coisas, somos seres vazios em busca de completude. Sempre em busca, e cada dia mais vazios. Quanto mais buscamos o tesouro, a pedra filosofal, a busca da alquimia perfeita, a transformação de qualquer metal em ouro, nunca estamos satisfeitos. E por que ainda assim insistimos em tentar preencher esse vazio existencial?</span></span><br />
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span>
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Seja com leituras, com sapatos, com carros importados, fama ou dinheiro, diplomas e reconhecimento profissional, sentimo-nos por alguns instantes contentes e no momento seguinte tudo parece vazio novamente. É como a fábula do burro que corre atrás da cenoura pendurada em uma corda. Mesmo que de vez em quando conseguimos dar uma mordiscada, ainda queremos mais e mais. que significa esse vazio?</span></span><br />
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span>
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Algumas pessoas vivem em busca de coisas novas, em busca do perfeito preenchimento. Assim, elas planejam mil coisas, trabalham, estudam, gastam, mas nunca estão satisfeitas. A cada desejo que conseguimos satisfazer, milhares de outros pairam sobre nossas cabeças. Outras pessoas, assim como eu, enxergam apenas a inutilidade de tudo isso. Eu não vejo graça nenhuma em planejar, em ganhar, em conquistar ou concorrer e ganhar. Já passei por isso e nunca vi graça alguma, um desejo de sumir foi o que sempre me acompanhou em cada "conquista" que alcancei. Não acho respostas para tal enigma. Já cansei de ler, cansei de buscar a resposta, mas vejo que não há. Tudo é um grande mistério. Estamos aqui nesse mundo apenas para procriar e morrer? Por isso nosso instinto de vida persiste em nos sobrecarregar de coisas a fazer, coisas a conquistar? Não sei responder. Não acredito em deus e nem em vida após a morte. Se acreditasse, teria milhões de respostas diferentes de inúmeras religiões. Apenas carrego a pedra morro acima, todos os dias, para que ela despenque de lá durante a noite, sem ter sentido algum.</span></span>Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-17206083824655149632012-10-02T11:20:00.002-03:002012-10-02T11:24:54.843-03:00Retrocesso<span style="color: #f3f3f3;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #f3f3f3;"><span style="background-color: black;">Não sei o que vem acontecendo de uns tempos para cá, mas meu comportamento e meus pensamentos têm retrocedido a cada dia. Eu sempre fui a primeira pessoa a pregar as falhas dos seres humanos, a gritar com todo pulmão que deles não se pode esperar nada, mas, mesmo assim, ainda continuo a me decepcionar com eles. Por que será que ainda não fugi dos espinhos afiados de todos? Por que a necessidade de estar entre gentes que clamam, gritam e reiteram o tempo todo que amizade é algo importante, sendo que alguns minutos depois essas mesmas pessoas enfiam a faca nas costas da gente? Não consigo entender a minha atitude infeliz, mas entendo perfeitamente a falta de hombridade nos outros e eu a perdoo de qualquer maneira. Embora antes eu entendia e não mais me misturava. Falta de companhia? Solidão? tédio? Talvez... talvez um pouco de vontade de trocar o que mais tenho dentro de mim: ideias. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #f3f3f3;"><span style="background-color: black;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #f3f3f3;"><span style="background-color: black;">Agora chega, definitivamente irei novamente me isolar e não mais procurar companhias que acho "agradáveis" e assim que viro as costas, mandam uma bela facada. Eu cheguei ao cúmulo do maior pecado: comprei cervejas para ter companhia, mas quando as cervejas acabaram, a amizade acabou com o último gole.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #f3f3f3;"><span style="background-color: black;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #f3f3f3;"><span style="background-color: black;">Estou muito decepcionada comigo mesma, pois sempre soube a verdade e coloquei um pano sobre ela. somente para ter companhia, somente para ser parte de uma comunidade imaginada. Fora as mentiras que falaram a meu respeito, fora as atrocidades que cometeram por aí e que fico sabendo apenas de terceiros. Como fui burra!!!! Não ingênua, mas sim, burra!</span></span></div>
Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-29808885819765267512012-09-27T14:45:00.001-03:002012-09-27T14:45:55.909-03:00Valores invertidos<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Bem, andei pensando ultimamente nessa onda de feminismo que está à solta em nossa sociedade. Eu vi pela televisão e pela internet a tal marcha das vadias. não entendi o que é e nem pretendo entender, pois uma marcha "feminista" com um nome desses e com mulheres mostrando os seios, para mim, não passa de uma falácia. Honestamente, não sou feminista, nem machista. Eu apenas tenho conhecimentos teóricos sobre evolução, sobre ideologias sociais, um pouquinho de biologia, e vejo essa questão da diferença entre homens e mulheres de um outro ângulo, mas não irei me aprofundar aqui, pois viraria um ensaio acadêmico e não um post de blog.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Vi hoje uma pessoa escrever um trecho da música da madonna, onde ela diz que meninos não se vestem como meninas porque as acham desprezíveis (ou algo assim). Sinceramente, eu não gostaria de ter barba, não gostaria de ter que raspar o meu rosto todas as manhãs antes de trabalhar. Se hoje as mulheres usam calças, algo que há alguns anos era uma vestimenta exclusivamente masculina, é porque a mão de obra feminina inserida no mercado de trabalho atual fez com que as calças masculinas fossem vistas de uma outra forma, muito mais práticas que corselet e um monte de panos. E homens de saia? seria no mínimo muito desconfortável, pois homens têm uma anatomia diferente. Definitivamente nós não somos iguais, e isso me deixa feliz... se no mundo só houvesse mulheres, eu estaria perdida! O movimento feminista foi muito bom até a metade do século passado. A partir dos anos 80 a coisa começou a se tornar muito mais séria. Agradeçam à Madonna pela reificação do corpo feminino... Sei que esse post pode gerar polêmica, mas não posso deixar de expressar o que penso, e como disse, com algum embasamento científico.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Abraços Fraternos. </span></span></div>
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span>
<br />Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-45259452500658405582012-08-29T11:24:00.003-03:002012-08-29T11:27:37.941-03:00Reflexões soltas<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #fce5cd;">Existe um pensamento que anda percorrendo por minha cabeça há algum tempo, mas nunca tive inspiração para escrevê-lo. Gostaria de poder redigir um ensaio mais elaborado sobre tal tema, mas vou começar rabiscando algumas palavras aqui, mais tarde, quem sabe, eu possa aprofundar o assunto.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #fce5cd;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #fce5cd;">O que somos nós, adultos, a não ser crianças aprisionadas em corpos grandes, escravizadas por uma sociedade que nos exige estabilidade financeira, empregos que, muitas vezes (como diz Tyler Durden), odiamos para comprar coisas que não precisamos. O que somos além de meros fantoches do sistema? Geramos renda e mais renda para que nossos "patrões" possam ter sua infância garantida pelo lucro que os proporcionamos?</span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #fce5cd;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #fce5cd;">Aos 6 anos de idade eu não era feliz, mas não era também esse poço de infelicidade. Aos 17 eu não entendia direito o que estava acontecendo. Aos 21 achei que poderia conquistar o mundo. Hoje vejo que sou apenas mais uma derrotada, a sociedade e seus valores me derrotaram, pois eu jamais irei me vender, eu prefiro passar fome a trair os meus princípios morais. Princípios esses que não fui eu quem os construí, eu já nasci com eles, eu sou quem sou e ponto. ninguém melhor para me conhecer do que a mim mesma. Eu não vou ser mais um servo, podem chamar-me de Lúcifer! </span></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #fce5cd;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #fce5cd;">Enfim acabei fugindo do ponto principal, do ponto em que dizia que somos crianças grandes cujos sonhos mais lindos foram-nos arrancados, como se o lobo mau nos tivesse tirado o doce de nossas mãos e agora ri de nossa desgraça. sim, sou uma criança que cresceu e desenvolveu a maldita consciência das coisas, uma consciência cruel, dolorosa... </span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #fce5cd;"><br /></span>
</div>
Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-86209886912718594052012-08-27T11:57:00.003-03:002012-08-27T11:57:43.278-03:00negatividade<br />
<div class="_1x1" style="padding: 10px 0px 15px;">
<div class="userContentWrapper">
<div class="_wk" style="font-size: 13px; line-height: 18px;">
<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_503b89fcb8e025771219817" style="display: inline;">
<span style="background-color: black; color: #f4cccc;"><span class="userContent">Um átomo precisa de prótons, elétrons e neutros para existir, precisa da energia positiva, da negativa e da neutra. Por que diabos ninguém questiona os elétrons, e pessoas declaradamente "negativas" são sempre minadas por todos os lados? creio que exista um receio muito grande de se ouvir o que as "pessoas elétrons" têm a dizer, pois o mundo não é feito só de positividade, e o abismo do negativism<div class="text_exposed_show" style="display: inline;">
o assusta, um buraco negro é sempre desconhecido, e o desconhecido gera medo; todo mundo corre para o sol do meio-dia para que sua sombra fique menos evidente, logo quando o negativo, o pessimista, a sambra aparecem, a forma mais conveniente de se manter na ilusão é apedrejar, pois o que os olhos não veem, o que os ouvidos não escutam e o que o tato não toca, o coração não sente.</div>
</span><div class="text_exposed_show" style="display: inline;">
</div>
</span></div>
</div>
</div>
</div>
<div class="fbTimelineUFI uiCommentContainer" style="margin-bottom: -12px; margin-left: -12px; margin-top: -12px; padding-top: 3px; position: relative; top: 12px; width: 403px;">
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<span class="fbTimelineFeedbackLikes tlFLC355147014565433" style="float: right; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11.199999809265137px; line-height: 11.199999809265137px; margin-left: 5px;"></span><span class="UIActionLinks UIActionLinks_bottom fbd-upd" data-ft="{"tn":"=","type":20}" style="color: #999999; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11.199999809265137px; line-height: 11.199999809265137px;"><br class="Apple-interchange-newline" /></span></div>
</div>
</form>
</div>
Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-21339740940093471732012-08-25T16:43:00.003-03:002012-08-25T16:50:05.692-03:00Onde está o caráter?<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #d9d2e9;"><span style="background-color: black;">Iludir-se com as pessoas é estimá-las muito mais do que elas merecem. É muito mais fácil, simples e menos doloroso ver com seus olhos para crer. Não conceituar antes do tempo, mas analisar, averiguar e avaliar, cada palavra e cada atitude para, a posteriori, ter-se uma ideia mais aproximada do real.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #d9d2e9;"><span style="background-color: black;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #d9d2e9;">É interessante observar como a grande maioria fala uma coisa e pratica outra completamente diferente. Já vi defensores do direito à vida que praticam aborto. Já vi defensores de animais devorando-os, vi misantropos que só sabem viver na esbórnia, vi moralistas celebrando o deus Baco. Meus olhos já viram tantos lapsos que hoje não tenho nem mais raiva, nem pena... cada um está em seu estágio evolutivo... e alguns se munem da mentira para tentar alcançar a pirâmide da "cadeia alimentar social"</span></div>
Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-24086467883938861222012-08-24T09:45:00.000-03:002012-08-24T09:47:15.861-03:00uma pequena reflexão sobre a contemporaneidade<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #ead1dc; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 13.600000381469727px;">A sociedade contemporânea tem gerado pessoas que não sabem o valor e o poder das palavras que proferem. A educação, o respeito pelo próximo, a compaixão, a honestidade, a verdade foram facilmente substituídas pela falta de caráter, pela corrupção, pelo egoísmo narcísico, e a falta de coragem de superar as barreiras a nós impostas. Talvez isso não seja um comportamento moderno, mas sim um padrão humano. Com tanta inteligência, o homem deveria ter levado ao pé da letra o que já fora dita há tantos e tantos anos "O homem é o lobo do homem". É nítido, tão nítido que chega até ser ofensivo, que não há gratuidade nas ações humanas. O interesse de uma pessoa para a outra leva sempre em consideração primária a vantagem, por mais mesquinha que ela seja. Onde estão aquelas palavras que podem mudar o rumo de uma conversa? Onde está o "com licença", o "por favor", o "tudo bem com você?" o "O que houve"? e assim por diante. Uma hora a cordialidade acaba, pois nem todos estamos 24 horas de bom humor, mas gentileza gera gentileza, e isso todos sabem.</span>
</div>
Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-5657591013346995152012-08-24T09:42:00.002-03:002012-08-24T09:48:12.902-03:00Nosso Purgatório de cada dia<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1DD2Bf7PitVgY00skxr26aGsWkt_Yz81T1yiU_cltAx2iiRqMuT_fo5P6A43dDc8ALWSqRCBOohLaffglO2o95qSMhi9116B10UmZ2Nx4L9FjHjz4IiWtrNcJ7I17O8ENXb7PPyipRzA/s1600/drama-mask.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1DD2Bf7PitVgY00skxr26aGsWkt_Yz81T1yiU_cltAx2iiRqMuT_fo5P6A43dDc8ALWSqRCBOohLaffglO2o95qSMhi9116B10UmZ2Nx4L9FjHjz4IiWtrNcJ7I17O8ENXb7PPyipRzA/s320/drama-mask.gif" width="320" /></a><span style="background-color: black; color: #f4cccc; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;">A vida sorri para quem sorri para a vida. Isso nunca foi meu caso, nunca será. Mas é fato que as pessoas, todas elas (exceto aquelas que, por algum motivo deram sorte em todos os setores possíveis) passam por provações, tormentos, tempestades... alguns por suas limitações físicas; outros por seu alvoroço mental e outras por ambos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #f4cccc; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #f4cccc; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;">Isso sem contar questões afetivas, financeiras, familiares, entre outras. O que</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;">
<span style="background-color: black; color: #f4cccc;"> muda de uma pessoa para outra é apenas o olhar. como olha para a mesma ferida? Como Filotectes que, ao ver suas feridas na praia deserta, onde fora deixado após a guerra, apenas lamenta e se revolta contra seu drama? Como Sísifo, que tem o dever de eternamente levar sua pedra morro acima, sem poder desistir, mesmo sofrendo as dores e desesperança completa? como Édipo, que aceita sua sentença, pois mesmo tendo errado por engano, crê que os deuses estão certos ao implacavelmente castigá-lo, ficando, desta forma, velho, cego e cheio de dores na alma? Ou levar toda essa trágédia para o âmbito da catarse?</span></div>
<span style="background-color: black; color: #f4cccc;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;">
<span style="background-color: black; color: #f4cccc;"><br /></span></div>
<span style="background-color: black; color: #f4cccc;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;">
<span style="background-color: black; color: #f4cccc;">Limpar-se, livrar-se, aprender pela dor? É uma escolha. já fui Filotectes por muito tempo, e ainda tenho crises "filotecteanas" algumas vezes, inúmeras vezes; mas quando olho ao meu redor, vejo que não estou só. Eu só estou na solidão do meu próprio sofrimento. </span></div>
<span style="background-color: black; color: #f4cccc;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;">
<span style="background-color: black; color: #f4cccc;"><br /></span></div>
<span style="background-color: black; color: #f4cccc;"><br /></span>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 18px;">
<span style="background-color: black; color: #f4cccc;">Quem aparentemente não sofre, é certamente um bom fingidor, um bom poeta da vida. Estamos todos unidos pela carne, pelo sangue e pela dor, eis o Purgatório.</span></div>
Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-16441220464858145282012-06-24T13:47:00.001-03:002012-06-24T13:49:57.673-03:00Oração: DNADNA nosso que estás no sangue,<br />
Replicado seja o vosso nome<br />
Venha a nós as vossas moléculas,<br />
Seja feita a sua Duplicação,<br />
Assim na terra como no mar.<br />
Os cromossomos nossos de cada dia<br />
nos dai hoje,<br />
Multiplicais as nossas células,<br />
Assim como nos multiplicamos entre nós, <span style="background-color: black;">p</span><span style="background-color: black;">ecadores</span><span style="background-color: black;">,</span><br />
<span style="background-color: white;"></span><br />
Agora e na hora de nossa morte,<br />
Amém!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu8EJA5MrOFXxFCFbt8gVDhBnxensl5EK6Pgcb2Lm-3mjWN0o5dk5N0Go3qIVSCkPfZXvfJ9pDlfveczvqiVRLuCW2CBpEW5smrCoUiot-y06tGynaCTHW4MJGGlj8ZUoJ0hy9JHMkzZk/s1600/ave.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu8EJA5MrOFXxFCFbt8gVDhBnxensl5EK6Pgcb2Lm-3mjWN0o5dk5N0Go3qIVSCkPfZXvfJ9pDlfveczvqiVRLuCW2CBpEW5smrCoUiot-y06tGynaCTHW4MJGGlj8ZUoJ0hy9JHMkzZk/s320/ave.jpg" width="221" /></a></div>
<br />
<br />Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-67765968504448133012012-06-24T13:33:00.001-03:002012-06-24T13:33:08.567-03:00Oração: Ave, Genética!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-DusjuVH7T4jRiuQUcfdhOWOdA0CwPWvT3fdCFrbpqzZlGSs1ut4PlXnrrITYzeGNwSYy6DKIdvJ8B2Bq51dB3tvQmE9XqDFAsCO8V9jur5gtdvAHPB5spW_GDrvgpx2wi7ilBq5BQpw/s1600/earth.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-DusjuVH7T4jRiuQUcfdhOWOdA0CwPWvT3fdCFrbpqzZlGSs1ut4PlXnrrITYzeGNwSYy6DKIdvJ8B2Bq51dB3tvQmE9XqDFAsCO8V9jur5gtdvAHPB5spW_GDrvgpx2wi7ilBq5BQpw/s320/earth.jpg" width="227" /></a></div>
<br />
Ave, Genética, cheia de graça, Darwin é convosco<br />
Bendita sois vós entre os DNA's<br />
Bendito é o fruro de vosso ventre, Evolução<br />
Santa Genética mãe de Lamarck,<br />
Rogai por nós, seres humanos,<br />
Agora e na hora de nossa morte,<br />
Amém!Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-61881756416193404052012-06-18T09:49:00.001-03:002012-06-18T09:49:46.306-03:00Uma palavra sobre o silêncio<div style="text-align: justify;">
"Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade." Friedrich Nietszche</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma palavra sobre o silêncio</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Está em voga, última moda, sair por aí dizendo que o silêncio é a melhor resposta, o silêncio é a melhor pergunta... mas como uma boa ouvinte do silêncio, muito acostumada a ele, penso que o silêncio deixa o interlocutor livre! livre para pensar o que ele bem entender, por isso, saiba quando aplicar a dose correta do silêncio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O silêncio, às vezes, é a melhor resposta, é a melhor forma de demonstrar um determinado sentimento, a melhor forma de contornar uma situação. No entanto, infelizmente, muitas vezes ele é mal- interpretado e deixa margens para que o outro pense o que quer, que o outro veja no silêncio sua covardia, sua fraqueza, e seu receio; seu medo, sua insegurança e principalmente sua falta de argumentos!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então, se não quer ser mal-interpretado (a), diga em voz alta aquilo que pensa, aquilo que sente... e use o silêncio a seu favor, e não contra si!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Abraços Fraternos,</div>
<div style="text-align: justify;">
Fabiana</div>Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-47932141917070630872012-05-25T14:20:00.000-03:002012-05-25T14:20:05.553-03:00Os outros...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijZ1FRnTgbd1LaUnzv0Ex71WjZBB_ZoupUbtSalOtTHfnaC2abWoEgW0odfNzAf7wxebNMxLpqsnZgPCZfN-Pf_heNYX5eR6vBcP4mJIhOawAWhI99w041jCSgaMUD5K_WGC_eEdUFhyphenhyphens/s1600/11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijZ1FRnTgbd1LaUnzv0Ex71WjZBB_ZoupUbtSalOtTHfnaC2abWoEgW0odfNzAf7wxebNMxLpqsnZgPCZfN-Pf_heNYX5eR6vBcP4mJIhOawAWhI99w041jCSgaMUD5K_WGC_eEdUFhyphenhyphens/s320/11.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 13px; text-align: left;">Lástima! Os indivíduos só dão valor àquilo que não têm. Quem teve amor, carinho, solidariedade, fez disso tudo um livro velho, sem nada de atrativo, apenas acúmulo de pó. Quem fez lágrimas verterem, quem recebeu apoio incondicional, ao esquecimento mandou alguma lembrança qualquer, e os olhos disseram que nada disso tinha valor algum. Esses olhos voltaram-se a pequenos deslizes que todo ser humano</span><span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 13px; text-align: left;"> há de cometer, querendo ou não, sabendo que pratica a mal ou não. Mas basta! Não se pode desejar o infortúnio, não se pode desejar o sofrimento, agora é hora de focar o rosto no próprio espelho, do qual jamais deveria-se ter desviado o olhar. Quem parte, leva consigo o coração esmagado, surrado e violentado, pois da candura que neste habitava, nada restou. Não é ódio, não é tristeza, é a mais dura e amarga realidade.</span></span>
</div>Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-10845871119426026082012-05-25T08:35:00.002-03:002012-05-25T08:35:04.612-03:00Misantropia induzida<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbucpfcAenFGBJafj8IYO-BgKr73dVveCKJIkvMsECmrJLaSYKUJpxKggaq7g4k-uY2JzQVwhT-FEhbQON8oICXkAM3wnI_vN9Lvuo_MPIQjoshJbPrGkv1dfefV3E6oVP4mYnzJnBxNU/s1600/Zdzislaw.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbucpfcAenFGBJafj8IYO-BgKr73dVveCKJIkvMsECmrJLaSYKUJpxKggaq7g4k-uY2JzQVwhT-FEhbQON8oICXkAM3wnI_vN9Lvuo_MPIQjoshJbPrGkv1dfefV3E6oVP4mYnzJnBxNU/s1600/Zdzislaw.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: #ead1dc;"><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Veemência demasiada enfastia, sorrisos forçados deixam o lábio rijo cedo ou tarde. Lágrimas demasiadas salgam a língua e rasgam a pele do rosto. A idade traz consigo não apenas sabedoria, mas amargura, uma amargura que de tão amarga, não no</span><span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">s deixa mais nada engolir. Às vezes ser o único que se importa entedia. Ser o primeiro a levantar-se e gritar fogo, cansa. Ser sozinho e solitariamente procurar outros sujeitos nos faz sentir cada vez mais vazios. Evaporou-se a vontade do convívio. A saliva humana se torna cada dia mais acre, ácido sulfúrico esguichando em minha face. É preciso resguardar o pouco que ainda resta de energia para mergulhar no próprio abismo, quem lá consegue viver, não há nada do mundo a temer.</span></span>
</div>Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-56012756078956285682012-05-24T17:05:00.001-03:002012-05-24T17:09:28.517-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq1GUzPSrsdgI_uewfwyByipirdBZIxCiCSxHLAsxuZB0d9cvcSfDH3Uhmu_vnOHmt8Otfg_oW3zcrrrfeiZHsWjmtng09hwu0-FqPZCe31yV0TM2i9dl2XtF_XdGJw4qavUpsqMpfJv0/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq1GUzPSrsdgI_uewfwyByipirdBZIxCiCSxHLAsxuZB0d9cvcSfDH3Uhmu_vnOHmt8Otfg_oW3zcrrrfeiZHsWjmtng09hwu0-FqPZCe31yV0TM2i9dl2XtF_XdGJw4qavUpsqMpfJv0/s320/2.jpg" width="264" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;">As paredes de minha casa estão todas mofadas, isso todo mundo pode ver, todos olham e dizem que devo pintá-las, arrumá-las. Mas gostaria de saber porque ninguém enxerga uma alma apodrecendo lentamente, sendo devorada pelos vermes da solidão, da fadiga, dos desprazes e da miséria. A alma não fede, não tem cor. Apenas aquele que a possui consegue senti-la. Aos pedaços, sinto a minha desmoronar por tanta tempestade, por tanto lodo e tanta degradação. Queria chorar, mas meu olhos secaram. Queria gritar, mas minha voz não sai. Queria morrer, mas a morte cisma em não me arrancar deste corpo maldito.</span></div>
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<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
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<span style="background-color: black; color: white;">Certo dia perguntaram-me por qual motivo eu ainda teimava em escrever essas asneiras todas, esses lamentos ocos, pois minha vida, vista de fora, parece uma maravilha. Eu não soube responder. Pensei. Meus cadernos debaixo da cama poderiam me responder, mas foi ao tocá-los que senti que escrever era meu único prazer, escrever sobre as desgraças, sobre a miséria humana, sobre a minha própria miséria. Assim como as pessoas trabalham para comprar iphones, roupas de marca, eu escrevo para me sentir um pouco melhor, se é que posso dizer que realmente me sinto melhor mesmo. Eu só quero pensar, e jorrar o que penso pela caneta e nada mais. Não preciso de leitores, apenas de papel e caneta. Oh, reclamem com a minha distimia! </span></div>
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<span style="background-color: black; color: white;"><br /></span></div>
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<span style="background-color: black; color: white;">Fecho os olhos e tudo me parece tão distante, tão indiferente, abro os olhos e a cabeça começa a doer novamente, mais uma crise de enxaqueca. Vou tomar um remédio na esperança de que ele cure não apenas a dor física, mas também a dor insuportável de ser quem sou.</span></div>Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-76932753956686658812012-05-21T10:27:00.001-03:002012-05-21T10:32:42.396-03:00A Carne<br />
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<span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">Coração arrefece, congela, quebra, rasga o peito, disseca a carne dilacerada. Os olhos tornam-se tão inertes que parecem de vidro, e caem ao chão e quebram e destroem-se. O que resta é essa amargura na boca repugnantemente seca. O cadáver q</span><span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: left;">ue insiste em andar, o cadáver que não se entrega por completo à terra. Um único suspiro, lento e fraco. O peito cheio de tecido fétido, a carne putrefata... mas ainda há de caminhar sob o sol e a chuva, no verão escaldante e no inverno gélido. Cadáver que ainda há de viver...</span></span></div>
<span style="background-color: black;"><span class="text_exposed_show" style="color: white; display: inline; text-align: left;"></span></span><br />
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<span class="text_exposed_show" style="color: white; display: inline; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvLpC77PsuhOrBG-sSwosKaNlHJLJjG4DmA71ePj8f8RbH7ds4rBKEroaInQRsuaMiFK_jnDs5e7FdB-Rn_nPz5mZzSj0_S5ORAXdwD-NUFeT5tTS60BXYfgB0Bz9vXiyUONRslT_H8CY/s1600/6.jpg" imageanchor="1" style="background-color: black; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvLpC77PsuhOrBG-sSwosKaNlHJLJjG4DmA71ePj8f8RbH7ds4rBKEroaInQRsuaMiFK_jnDs5e7FdB-Rn_nPz5mZzSj0_S5ORAXdwD-NUFeT5tTS60BXYfgB0Bz9vXiyUONRslT_H8CY/s320/6.jpg" width="258" /></a></span></div>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: black; color: white; display: inline; text-align: left;">
</span><br />
<div style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show" style="background-color: black; color: white; display: inline; text-align: left;">FRD</span></div>
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</span>Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-4729235437069501352012-03-17T08:27:00.000-03:002012-03-17T08:27:37.710-03:00<div style="text-align: justify;">
Dormi muito bem essa noite graças aos meus amigos inseparáveis: Lexo e Rivo, mas nem sempre eles conseguem me derrubar tão bem assim, foi um nocaute fabuloso. Mas acordei com uma dor de cabeça terrível porque ontem passei por sentimentos estranhos: Paranóia infernal, stress, pânico. fui me deitar à tarde mas as crises começaram com tanta força que mal pude pensar em algo. deveria ter tomado remédios e esperado a crise, mas não tive a idéia de fazer isso, eu simplesmente surtei, meu coração disparou e uma ânsia, tremedeira e suor frio tomaram conta de meu corpo. Nem preciso falar o que se passou em minha cabeça. Não, não foi aquele sentimento de que iria morrer, eu nunca tenho essa sensação. Eu sinto que as pessoas estão me procurando, e nem sei quem são essas pessoas, e elas querem algo de mim e eu quero fugir. Eu penso que vou enlouquecer e vão me levar para um hospício e lá eu ficarei presa para sempre e coisas do gênero. Agora estou tão lúcida que olho para a crise que tive e não consigo imaginar que truques a mente prega em mim. É o próprio capeta. Hoje apenas quero evitar a rua e as pessoas. Só quero ficar sozinha quietinha no meu canto. Desliguei o telefone para não seu incomodada. mais tarde ligo para minha mãe pra ela não ficar preocupada. Enfim, mais uma crise brava, mais um dia perdido, mais uma vida sem esperança.</div>Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-5526755830968140202012-03-16T15:44:00.000-03:002012-03-16T15:44:49.342-03:00Seguir...<div style="text-align: justify;">
Seguir Verbo intransitivo. Mas seguir o que? Quem? Como? Em quais condições? Por quais razões? Simplesmente seguir em frente, é o que ouço. Mas as perguntas precisam de respostas. Seguir o coração ou a razão? Sonhar com o que? Planejar para que? Tudo lá fora me parece tão vago, tão triste e tão frio. Não quero seguir, o que devo fazer para parar? Não quero nada, não quero ser mendiga, tenho muito medo de acabar desse jeito, mas não quero ser escrava dessa merda de sistema, não quero trabalhar. Vou desistir e vou passar uns tempos de cama, não sei até quando, mas quero uma temporada na minha cama. preciso desse tempo e não sei por quanto tempo, eu simplesmente preciso. E as minhas resposabilidades? e minhas contas? o que faço? será que estou à beira de um ataque? estou me sentindo tão mal que nem consigo mais pensar. Vou deitar um pouco agora, meu dia não teve começo nem meio mas o fim certamente é a cama. Depois eu volto aqui e tento examinar essas palavras que escrevi, tentarei analisar de forma lúcida, pois parece que estou fora de mim. O que é que está acontecendo comigo afinal? Que sentimento estranho...Eu volto...</div>Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-55059774471484601952012-03-12T17:14:00.000-03:002012-03-12T17:14:38.751-03:00A chuva de 12 de março<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT-5HRBN-XMbFdR53FYlSB8nLm-97hRPK8wLNzQtWQkq4slMq3GEvWDYThwgrt4ljPyOgCvI2nbBt4qvvu68ZouEJ-LqQs30x5WP94PEz0zTpU091HGs07zGhz7KoSsoJCSkdCKcx6mC8/s1600/A_passage_in_time_by_LuneBleu.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT-5HRBN-XMbFdR53FYlSB8nLm-97hRPK8wLNzQtWQkq4slMq3GEvWDYThwgrt4ljPyOgCvI2nbBt4qvvu68ZouEJ-LqQs30x5WP94PEz0zTpU091HGs07zGhz7KoSsoJCSkdCKcx6mC8/s320/A_passage_in_time_by_LuneBleu.jpg" width="223" /></a></div>
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Dois dias após meu aniversário cá estou eu, ouvindo Nat King Cole e uma chuva tão interessante lá fora que não pude deixar de lado minha vontade de sofrer. Resolvi escrever para o sofrimento parecer menos tenso, menos rígido, pois tenho a sensação de que o estou compartilhando. Não importa se estou dividindo isso com o teclado ou com a tela, com o provedor do blog ou qualquer outra alma penada que possa um dia cair sem querer por aqui e ler esse pedacinho de tristeza regada à chuva. O importante é que as palavras me saem pelos dedos como se o teclado fosse os ouvidos de um treinado terapeuta e a tela seus olhos analíticos a me espreitar.</div>
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Mas o que vim falar hoje aqui é sobre o que sempre falei. Sobre a dor de não pertencer. Tenho andado todos os dias pelo centro de São Paulo, e vejo as pessoas no metrô, é inevitável pensar comigo mesma que quando as olho não sei se tenho mais pena de mim, que me sinto um alienígena no meio delas ou se tenho pena delas, que parecem robôs programados para sair e entrar nas catracas, seguir um rumo tão conhecido que chega a ser enfadonho: rotina. Acabo sentindo pena de mim mesma, como uma típica psciana, eu é quem sou anormal ali. Todos estão no padrão, eu estou fora daquela realidade que me aterroriza mas que no fundo invejo por não poder tê-la como minha verdade soberana. Gostaria de ter essa verdade soberana, quem sabe não me sentiria assim, como uma gota de enxofre no meio de águas cristalinas, ou uma gota de água no mais corrosivo ácido que já se viu pelo planeta...</div>
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A chuva passou, a canção terminou e o silêncio que invade meu pequeno espaço me faz pensar e pensar que a solidão é boa quando podemos dividí-la com alguém. Mas como se divide a solidão? um mais um são dois e dois não estão mais sozinhos. Mas um dia eu soube dividir a solidão porque encontrei alguém que vivia tão só quanto eu vivo. Não se acostuma uma criatura tão solitária a largar de vez a solidão e compartilhar. Eu não aprendi, nunca irei aprender. E por isso aquela velha canção do Nat king me parece tão sincera: quando eu me apaixonar, será para sempre ou eu nunca irei me apaixonar. Como sou loba velha, tenho a plena certeza de que nunca vou me apaixonar mesmo! E nesse meio tempo, entre a vida vazia que levo e a morte que me espera, eu vou caminhando e cantando e seguindo como se fizesse parte de tudo que está lá fora, mesmo com meus pensamentos tão distantes...</div>
<br />Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8046034454184131238.post-85293772771308540652011-12-28T22:20:00.000-02:002011-12-28T22:20:04.191-02:00O guarda-roupas<div style="text-align: justify;">
Confesso que foi estranho olhar para aquela pilha de roupas encostada na parede como se fosse um corpo, inerte e sem vida. mas a sensação que mais atormentava era de ter que organizar aquilo. Não eram os anos que perdi, nem os momentos de extrema tristeza e dor que me afligiam. Era apenas adequar aquela pilha no armário que tinha herdado de minha querida avó. E por falar em amor, sim, aquilo era amor mesmo, pena que eu era muito nova para saber, mas era amor sim. Ela se foi e me deixou sua humilde casa e um guarda-roupas que me preocupava cada vez mais, pois não teria como fugir da árdua tarefa de encontrar lugar para cada peça daquela pilha.</div>
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Eu vi gente olhando estranho, será que eles estavam triste por mim? Por eu ter de arrumar tudo aquilo que tirava do carro? Não, eu acho que minha cabeça inventa coisas, na verdade ninguém nem olhou em minha direção, embora a rua estivesse cheia e fosse um domingo de sol. Por que olhariam pra mim? para quê</div>
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resolvi sentar um pouco na cama antes de qualquer coisa. Cada pedacinho de tecido ali no chão conta uma história. De festas que frequentei, de trabalho árduo e suor, de ficar em casa sem fazer nada, de subir no muro da casa de minha mãe... cada pedacinho, um pedacinho do passado. Enfim, malas prontas, quero dizer desprontas, armário feito. Achei no bolso de uma calça um bilhete antigo de uma pessoa que precisava desabafar, ela escreveu assim: residência 555 55 55 celular 666 66 66. Eu nunca liguei. E acho que hoje faria o mesmo. Não gosto de conversar pelo telefone. E por mais que eu argumente, sempre tenho a sensação de que falo ao vento, sabe... </div>
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Enfim, passaram-se 6 meses. E estou feliz de poder estar dividindo meu quarto com o guarda-roupas de minha avó amontoado de coisas minhas. Acho que os guarda-roupas servem para isso, para não vermos os pedacinhos de tecidos do nosso passado. Idéia genial de quem os inventou!</div>Fabiana Rodrigues Diashttp://www.blogger.com/profile/07098209338417005836noreply@blogger.com0