Ao nascer (geralmente) somos paparicados, alimentados na boca, recebemos amor e carinho e trocam nossas fraldas. Aos cinco anos, somos
bombardeados por informações. Aos sete questionamos, aos quatorze nos
revoltamos contra o mundo. Aos vinte queremos fazer parte. Aos vinte e cinco,
se não dermos certo em nada, somos fracassados. Aos trinta devemos ter
estabilidade ou somos fracassados. Aos quarenta temos de conseguir muitos
patrimônios ou seremos 2 vezes mais fracassados. Aos cinquenta, temos de ter
tudo que a sociedade impõe: patrimônio, matrimônio, filhos, netos e
estabilidade. Se nada disso for realidade, somos triplamente fracassados. Aos
sessenta já teremos enterrado muitos de nossos parentes e nossos amigos. Nosso matrimônio
e patrimônio não são mais tão essenciais. O que conta agora é um mínimo de
sanidade. Um deslize e será taxado louco, velho esclerosado. Aos setenta, basta
ter dinheiro para um caixão e um pedaço de terra para deixar seu corpo que,
mais cedo ou mais tarde se tornará um cadáver. Não serás mais julgado
fracassado, pois a maioria das pessoas que lhe julgaram assim já morreram ou já
não têm mais memória.
Comentários
Postar um comentário