Jamais devemos nos importar com a opinião alheia! Pois o que você 
representa para o outro nunca corresponde àquilo que você realmente é. 
Além disso, as pessoas tendem a fazer falsos julgamentos, pois suas 
cabeças são limitadas e não existe uma visão do todo. Segundo 
Schopenhauer, nos tornamos cada vez mais indiferentes quando alcançamos 
um conhecimento da superficialidade e da futilidade dos pensamentos, da 
limitação dos conceitos, da pequenez dos sentimentos, da absurdez das 
opiniões e do número de erros na maioria das cabeças. O que realmente 
importa é o julgamento que tens de ti mesmo. Como o filosofo mencionado 
diz, atribuir valor à opinião dos homens é prestar-lhes demasiada honra.
 Apesar dessas colocações, não podemos esquecer a posição que cada um de
 nós ocupa no espaço social. A opinião alheia passa a ser importante 
quando dependemos dela para a nossa "sobrevivência" na vida em 
sociedade. Como já mencionado em alguns escritos anteriores, a 
interdependência que nos une (e deveras nos separa) é uma questão 
importante a ser colocada: uma vez que, no estado civilizado, devemos a 
nossa carreira, as nossas posses e segurança à sociedade, logo a 
confiança dos outros para conosco nos é extremamete necessária para que 
haja relações recíprocas; então a opinião dos outros sobre nós, nesse 
sentido, é de alto valor, ainda que tal opinião seja errônea ou parcial.
 Lembremos que, para os outros, somos aquilo que "parecemos ser"; 
vivemos em uma sociedade de meras aparências, ademais, os outros tendem a
 ver nas pessoas os seus próprios erros e defeitos e aumentá-los com uma
 lupa muito potente! Devemos, pois, aparentar ser aquilo que nos convém.
 Apenas dessa maneira poderemo garantir a nossa sobrevivência nessa 
selva assombrada. A partir desse pensamento, pode-se concluir que o 
quanto mais "neutra" a representação dos outros em relação a nossa 
pessoa, mais vantagens em termos de "não sofrimento" podemos obter. A 
busca da glória é uma caminho árduo, pois ela depende do reconheciento 
da sociedade, a qual nem sempre é justa em seus julgamentos; 
reconheçamos, portanto, os nossos valores por nós mesmos e que a 
auto-suficiência nos baste para atingirmos a nossa própria felicidade e 
glória. Não as deixemos nas mãos da mediocridade, da sociedade néscia, 
essa grande conquista!
Observei
 tal texto que publiquei dois anos atrás mais ou menos, e deparei-me com
 uma surpresa: Quando falamos ou escrevemos, estamos abrindo uma parte 
de nós mesmos. Reconheci isso quando mencionei a importância da opinião 
social para atingirmos a glória. Hoje, pouco tempo depois, já penso tão 
diferente. As experiências me mostraram que não basta ser realmente bom,
 existe algo além, talvez carisma, simpatia ou qualquer outro elemento 
que nos torna mais amistosos perante os outros, e essa caracterítica ou 
essas características nunca foram meu forte. Sou uma pessoa extremamente
 introspectiva e transpareço, pelo meu semblante talvez, ser uma pessoa 
extremamente "fresca", "metida", é o que meus amigos me falam quando me 
conhecem e acabam me achando no fundo "legal". Bem, nada mais disso 
importa. Não quero viver, como já disse antes, sob máscaras que não 
representam minha face. Estou quebrando definitivamente meus grilhões
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